Requalificação do património ferroviário abandonado há décadas
Macedo de Cavaleiros dá nova vida a antigas estações ferroviárias da Linha do Tua
O Município de Macedo de Cavaleiros assinou esta segunda-feira, dia 01 de outubro, dois contratos de subconcessão com a IP Património - Administração e Gestão Imobiliária, S.A. que vão permitir a recuperação e reutilização das antigas estações ferroviárias da Linha do Tua no Azibo e em Macedo de Cavaleiros. "É um passo importante para voltar a usufruir de espaços encerrados há quase duas décadas, após o abandono da Linha do Tua", frisa o presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues.
Além do autarca macedense marcaram presença na cerimónia de assinatura dos protocolos, o presidente da IP Património e Vice-Presidente do Conselho de Administração Executivo da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, e o administrador da IP Património, Nuno Neves.
No âmbito do protocolo agora assinado, a autarquia vai intervencionar as antigas estações do Azibo e de Macedo de Cavaleiros. Benjamim Rodrigues explicou que "a intervenção no Azibo está integrada numa candidatura à Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior do Turismo de Portugal". O presidente do município recorda que "está em curso um projeto conjunto com as câmaras de Mirandela e Bragança para transformação do troço da antiga Linha do Tua numa Ecopista contínua com uma extensão de 70 quilómetros e que ligará Mirandela (Carvalhais) a Bragança, permitindo assim voltar a usufruir de um espaço belíssimo e que, infelizmente, está completamente abandonado".
O Presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros acrescenta que "o edifício da antiga estação do Azibo vai ser convertido num albergue de apoio aos cicloturistas e abrigo para as bicicletas". "Trata-se de um investimento na ordem dos 605 mil euros e que terá uma comparticipação de 90%", acrescenta.
Já no caso da estação ferroviária de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues salienta que "o projeto está integrado no quadro de compromissos do Plano Estratégicos de Desenvolvimento Urbano (PEDU) do município e prevê a reabilitação do edifício para que seja convertido na sede do Geopark - Terras de Cavaleiros". Já os armazéns vão ser "convertidos num espaço multiusos com utilização preferencial na área da Cultura ou outros fins que sejam entendidos como necessários". O investimento total que deverá rondar os 700 mil euros e terá uma comparticipação de fundos comunitários na ordem dos 85%.
Benjamim Rodrigues acrescenta que "vai ainda ser intervencionado o antigo Largo da Estação, no âmbito da ciclovia de cariz urbano que pretendemos construir na cidade”. “É uma via idealizada para as deslocações pendulares dentro de Macedo de Cavaleiros, imaginada com preocupações ambientais, procurando criar condições para que o carro seja substituído por meios de transporte suaves, mais amigos do Ambiente e com menores emissões de carbono”, salienta Benjamim Rodrigues. Este projecto “ainda não está fechado pois foi necessário introduzir algumas alterações à versão inicial, mas estima-se que possa representar um investimento que ronde os 700 mil euros e também alvo de uma comparticipação na ordem dos 85%”.
“São projetos pensado não só para a vertente turística, mas também de mobilidade dos macedenses, com preocupações ambientais e, sobretudo, que visam melhorar a qualidade de vida de que mora neste concelho”, sustenta Benjamim Rodrigues que espera ver as obras no terreno até final do primeiro semestre de 2019.