Unidade de Convalescença vai reabrir em Macedo de Cavaleiros
O anúncio foi deixado pelo Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, na visita que fez à Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros na última sexta-feira. O Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Duarte Moreno, que acompanhou a visita, mostrou-se “satisfeito com a decisão”, mostrando, no entanto, reservas por temer que a instalação de camas na Convalescença signifique a diminuição na Unidade de Paliativos.
Reconhecendo a necessidade para a população da região, o Secretário de Estado confirmou o interesse “em ter camas de convalescença também aqui e, para além da qualidade e excelência dos cuidados paliativos prestados nesta unidade, há uma carência de cuidados para a recuperação de doentes em internamentos de curta duração.”
De acordo com o Presidente da ULS Nordeste, Carlos Vaz, deverão ser 15 as camas disponíveis na Unidade de Convalescença e, sem confirmar qualquer data para a sua abertura, prognosticou que deverá “estar em funcionamento em poucos meses”.
Duarte Moreno que, há dois anos, aquando do encerramento dos cuidados de convalescença em Macedo de Cavaleiros, classificou de “errada” a decisão, afirma que a intenção do “Governo em reabrir a unidade é a confirmação da necessidade destes cuidados nesta região, que conta com mais de metade da população envelhecida.” O autarca mostra-se contente com a abertura da unidade de convalescença, mas confirma desconhecer a orgânica que está subjacente: "Há aqui algumas particularidades que não ficaram bem esclarecidas e vou tentar esclarecê-las no sentido de que não se enriqueça a unidade por um lado e a diminuam por outro”.
O Presidente da ULS Nordeste garantiu que a Unidade de Cuidados Paliativos irá manter-se, apontando, contudo, “que é preciso dar qualidade de vida às pessoas e estas preferem estar em casa, desde que acompanhadas pela família e por uma equipa especializada, do que estarem no hospital”. Os cuidados paliativos domiciliários são uma realidade no Nordeste Transmontano, fruto de uma colaboração entre a ULS Nordeste e as autarquias, entre as quais a de Macedo de Cavaleiros, que têm permitido um acompanhamento “de cerca de 200 famílias”.
O Presidente da Câmara Municipal entende que “os cuidados domiciliários são muito importantes, mas em alguns casos não substituem os hospitalares. Há muitas pessoas que ou não têm família ou preferem estar no hospital pela questão de aqui haver um acompanhamento permanente”, disse.